O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) confirmou que, a partir de 20 de novembro de 2025, a biometria será obrigatória para aposentados, pensionistas e beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada).

A medida, prevista na Lei nº 1.577/2024, tem como objetivo aumentar a segurança, reduzir fraudes e garantir que os pagamentos sejam feitos apenas a quem de fato tem direito.

Segundo especialistas previdenciários, quem não se regularizar a tempo poderá ter o benefício suspenso temporariamente até atualizar a documentação.

Por que o INSS vai exigir biometria?

O INSS enfrenta há anos graves problemas com fraudes e pagamentos indevidos, que geraram bilhões de reais em prejuízos aos cofres públicos. Em muitos casos, benefícios continuavam sendo pagos até mesmo a pessoas falecidas.

Com a biometria — seja digital ou facial — o governo busca garantir a identificação precisa dos beneficiários e unificar os registros em sistemas integrados como o gov.br.

Quem precisa fazer a biometria?

A exigência vale para:

– Aposentados do INSS;

– Pensionistas por morte;

– Beneficiários do BPC (idosos e pessoas com deficiência).

No caso do BPC de menores de idade ou pessoas incapacitadas, o responsável legal (pai, tutor ou curador) é quem deve ter a biometria cadastrada.

Onde e como fazer o cadastro biométrico

O cidadão não precisa ir diretamente ao INSS para registrar a biometria. Ela já é coletada em diversos órgãos:

– Detran – ao emitir ou renovar a CNH;

– Justiça Eleitoral – ao fazer ou atualizar o título de eleitor;

– Institutos de Identificação – ao emitir ou atualizar a carteira de identidade;

– Praças do Cidadão ou serviços simplificados municipais.

Se os documentos foram emitidos há mais de 10 anos, há grande chance de não conterem biometria. Nesse caso, é necessário atualizá-los.

Como verificar se já tem biometria registrada:

– Acesse o aplicativo Meu INSS ou o site gov.br;

– Verifique se seus documentos estão atualizados;

– Caso receba uma notificação por carta, mensagem no app ou cumprimento de exigência, será necessário enviar cópia do documento atualizado em PDF.

Atenção: muitas vezes o sistema não envia notificação. O beneficiário pode descobrir que está irregular apenas quando tentar sacar o pagamento no banco e encontrar o benefício suspenso.

O que acontece se não fizer a biometria

Quem não tiver a biometria cadastrada até 20 de novembro poderá ter o benefício suspenso temporariamente. Isso significa que o pagamento será bloqueado até que o segurado regularize a situação.

Não há perda definitiva do benefício, mas o atraso pode causar transtornos financeiros, especialmente para idosos que dependem exclusivamente dessa renda.

Atenção especial para responsáveis legais No caso de crianças com deficiência ou adultos com curatela, não é o beneficiário que precisa da biometria, mas sim o responsável legal.

Se o tutor ou curador não tiver documentos atualizados, o benefício pode ser suspenso.

O que fazer para evitar problemas

1. Verifique se seus documentos são recentes – CNH, RG ou título de eleitor atualizados geralmente já contêm biometria.

2. Atualize a identidade – se tiver mais de 10 anos, faça uma nova versão com biometria.

3. Acesse o aplicativo Meu INSS regularmente para checar pendências.

4. Oriente familiares idosos sobre a exigência, evitando que descubram o bloqueio apenas no banco.

5. Guarde cópias digitais em PDF dos documentos atualizados, pois podem ser exigidos pelo sistema.

A partir de 20 de novembro de 2025, a biometria passa a ser obrigatória para quem recebe aposentadoria, pensão por morte ou BPC. Quem não se atualizar corre o risco de ter o benefício suspenso temporariamente até regularizar a situação.

O processo traz mais segurança contra fraudes, mas exige atenção, principalmente de idosos e pessoas que não têm facilidade com tecnologia. Para evitar transtornos, é fundamental atualizar documentos e verificar pendências no Meu INSS antes do prazo.