Saiba mais sobre a doença viral que ataca aves domésticas e silvestres.
Definição:
A Influenza aviária é uma doença viral, causada pelo Vírus de Influenza Tipo A que nunca ocorreu no Brasil. Esse vírus é identificado por subtipos, e tem como base as proteínas de superfície, sendo 16 subtipos de hemaglutininas (H) e 9 subtipos de neuraminidases (N). De acordo com o índice de patogenicidade, são classificados como Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) ou Influenza Aviária de Baixa Patogenicidade (IABP). Somente alguns subtipos H5 e H7 foram identificados como responsáveis pelas infecções de IAAP.
São suscetíveis à doença a maioria das aves domésticas e silvestres, especialmente as aquáticas. É uma zoonose de grande interesse para a saúde pública, gera grandes impactos econômicos.
Transmissão:
A transmissão pode ocorrer por contato direto entre as aves (secreções nasais, oculares e fezes de aves infectadas) ou por contato indireto (água, alimentos, fômites, trânsito de pessoas, equipamentos, materiais, veículos, vestuários, produtos, insetos, roedores e outras pragas, cama, esterco e carcaças
contaminadas).
A maioria das aves silvestres, principalmente as aquáticas, patos e marrecos são reservatórios da doença, na maioria das vezes não adoecem, mas disseminam o vírus.
Período de incubação: o período de incubação de IAAP depende da dose infectante, via de exposição, espécie afetada e capacidade de detecção de sinais, podendo variar algumas horas até 14 dias.
A maioria das cepas de baixa patogenicidade causa manifestações brandas em humanos. Entretanto, foi identificado, desde 2013, que uma linhagem de baixa patogenicidade (H7N9) detectada na China causa casos severos em humanos.
Sinais Clínicos:
Os sinais e lesões podem ser bastante variáveis, dependendo da espécie susceptível, da cepa e patogenicidade do vírus, do estado imunitário das aves, da presença de infecções secundárias e das condições ambientais.
Pode apresentar sinais respiratórios como: espirros, tosse, lacrimejamento, “cara e crista inchados”, corrimento nasal e dificuldade respiratória geral. Podem mudar o comportamento, diminuir a ingestão de alimentos e a produção de ovos, além de diarreia. Geralmente acomete muitas aves do plantel, podendo gerar alta mortalidade.
Prevenção:
- Evite o contato direto das aves do plantel avícola com aves de vida livre;
- Utilize medidas de higiene, limpeza e desinfecção no ambiente em que as aves vivem;
- Realize o controle de pessoas e veículos que adentrem o ambiente.
No caso de criadores de aves silvestres:
- Evite que visitantes manuseiem as aves de sua criação;
- Procure manter as aves em locais protegidos;
- Lave as mãos com água e sabão antes e depois de manusear as aves;
- Higienize as instalações e equipamentos das aves.
Segue abaixo o link para denúncias de casos: